EL PUENTE DE NUESTRA SEÑORA DE ENXARA EN CAMPO MAIOR, PORTUGAL.

Este puente está realmente en la freguesia de São João Baptista, que pertenece al concejo de Campo Mayor, muchos se creen que pertenece el dicho puente a la población de Ouguela por la cercanía, pero es un craso error pues esta población carece de freguesia hoy día, aunque antiguamente si la tenía, perteneciendo hoy también a São João Baptista.

Aquí tenemos otro problema al igual que nos pasó con el puente de Barbacena, algunos mantienen el origen romano de este puente, debido a que por allí pasaba una calzada romana perteneciente al itinerario de Antonino, justamente la ruta XV, que iría desde Emérita Augusta (Mérida) a Olisipo (Lisboa), pero también podía desembocar ahí la ruta XIV que es la que vendría por Barbacena, o incluso la ruta XII que vendría desde Evora también a desembocar en el mismo puente, o quizás no, no se sabe con exactitud, son hipótesis todas. Realmente si nos fijamos en lo que es el chasis del puente, la carcasa, no es romano los sillares de granito están poco desgastados, los arcos de ladrillos junto con los enfoscados de los ojos no dan señal de época romana, seria un puente construido desde época medieval tardía siglo XV, llegando incluso al siglo XVII, yo me decanto más por los siglos XV o XVI, pero si nos fijamos en la linea y en los rellenos internos del puente, podía ser romano realmente en su origen, ni los más entendidos se han atrevido a fecharlo para no cometer ningún error que luego les pese, exceso de cautela o poco investigado; es muy curioso que el cauce antiguo del río esta desviado y pasa justamente al lado, otra característica a tener en cuenta es, que está completamente arrasado, no se si por alguna de la muchas guerras fronterizas, unido al efecto del agua, o quizás la mano del hombre para reaprovechar materiales para otras construcciones o ambas cosas juntas. Según he leído en el siglo XVIII ya estaba destruido.

He cogido unas fotos de cuando se limpio el puente de Nossa Senhora de Enxara, pues ahora está otra vez lleno de maleza y sin poco ángulo de perpestiva.

José Antonio Hinchado Alba.


(2014). Francisco Pereira Galego: (Traducido del portugués por un servidor J.A.H.A.). Por Ouguela pasaba la vía militar imperial que venia desde Mérida por Nuestra Señora de Botoa por la frontera española y atravesaba el río Gévora ya en Portugal en un puente de piedra junto a la capilla de Nuestra Señora de Enxara, a un 1,5 kms al sudoeste de Ouguela y proseguía después para Conimbriga por Arronches y Gavião. De esta vía militar existen todavía unos dos arcos (uno solamente) del referido puente y un trozo de calzada junto a la capilla de Nuestra Señora de Enxara.


(2014). Francisco Pereira Galego: (Traducido del portugues por un servidor J.A.H.A.). Atalaya de Nuestra Señora de Enxara:

En el cerro que se levanta en el margen izquierdo del río Gévora dominando el puente de vía militar romana de Mérida a Conimbriga en el sitio donde esta la capilla de Nuestra Señora de Encara. (No fue reconocida ni reseñada en otros documentos). (Por lo visto este dato está sacado de un libro cuyo autor es el General João de Almeida).


(2014). André Carneiro: ... Dois referemse a pontes: os impressionantes alicerces de Enxara documentam de forma inequívoca uma monumental forma de atravessar o rio Xévora junto ao lugarde Ouguela, e mais a sul o traçado da via XII atravessaria o Caia em ponte juntoda actual.Entre ambos,o atravessamento do Xévora far-se-ia em Ilhas,ainda hojeuma passagem a vau que marca o ponto mais ocidental da fronteira espanhola. Curiosamente ou talvez não, próximo de todos estes pontos encontramse sítiosromanos de grande porte, que funcionam como pontos de portagem, de controlode passagem, destas ligações estratégicas. Na via XII temos Alfarófa, na via XVo sítio de Casarões, enquanto a norte, temos Pombinha. Mesmo assim, comoem cada caso concreto se discutirá, existem outras hipóteses de passagem quedeverão ser consideradas.


... como em S. Salvador, ou com os calhaus rolhados embutidos em enchimentos de estruturas de grande porte, como na ponte da Sr.ª da Enxara. Na barragem romana de Muro, por exemplo, encontra‑se a utilização de opus mixtum que, em parte, consegue contornar estas limitações, com blocos de gabros talhados e dispostos em fiadas intercaladas com cerâmica de construção, de modo a disfarçar a brandura de uma pedra que, naturalmente, não seria a escolha indicada para estruturas sujeitas a tão grandes pressões.


... . Junto às casas da Guarda Fiscal, mais materiais: um peso de lagar reconvertido em mó e um tambor de coluna, sempre em granito. Implantação na última elevação antes do leito do rio Xévora, dominando a passagem na ponte de Sr.ª da Enxara.


... . Em boa verdade, Campo Maior tem condições propícias para a fixação em época romana, como sejam as de carácter natural (bons solos, cursos de água e recursos hídricos abundantes e ocorrências mineiras), estratégico (proximidade da capital provincial) e infra‑estrutural (materializados na impressionante ponte de Enxara e em dois percursos viários, além de eixos secundários de passagem). A rede de povoamento parece confirmar a intensidade da presença. ...


... . Mas alguns poderiam ter também uma função votiva, dada a identificação de expressões de culto, e de forma mais intensa junto ao Xévora, nas proximidades do actual santuário de N. Sr.ª da Enxara, em Pombinha e em Defesinha. ...


... . De resto, a presença cristã pós‑Reconquista far‑se‑á de modo impositivo junto aos sítios romanos, como se torna evidente em S. Pedro, em S. Salvador ou na edificação do santuário de N. Sr.ª da Enxara precisamente junto à ponte romana, e próximo de antigos espaços votivos, cuja presença pressentimos pelos achados epigráficos e artefactuais. Em todo o caso, esta actividade humana em momentos tardios pode indicar também a manutenção da circulação de produtos e pessoas nas vias que por aqui atravessam o território – note‑se que todos os sítios mencionados estão próximo ou junto de eixos viários –, e a existência de uma identidade que permite atravessar tempos pretensamente conturbados. ...


(X). Patrimonio Histórico Portugués: Situa-se na zona raiana do Concelho de Campo Maior e servia a travessia sobre o rio Xévora, junto a Ouguela e ao Santuário de Nossa Senhora da Enxara.

Ponte de cronologia ainda incerta, bastante arruinada de que resta intacto apenas um arco de volta perfeita, situar-se-ia no itinerário da via romana que se encaminharia da capital provincial Emerita Augusta para Olisipo.

Nos pilares que ainda subsistem encontra-se denunciado o arranque de outros arcos, em tijolo. O embasamento dos pegões e respectivos talhamares são em cantaria de granito, sendo os paramentos em alvenaria rebocada. O enchimento é composto por argamassa e seixos de rio. 

Os vestígios conservados permitem antever uma construção de grande volumetria, vencendo o largo leito do rio actualmente desviado. 

Encontrava-se certamente em ruínas já em 1758, quando o pároco de Ouguela, afirma não existirem pontes sobre o Rio Xévora. (JAM)