POBLADO CALCOLÍTICO DE SANTA VITORIA EN CAMPO MAIOR, PORTUGAL.

Aunque fue un día de lluvia y barro, me sorprendió y a la vez maravilló ver los restos de este poblado Calcolítico, toda la esencia de la Edad del Cobre a escasos kms de Badajoz, toda una verdadera sorpresa; tengo entendido que este poblado con sus características particulares ha sido el primero en ser excavado y estudiado en Portugal, abajo os dejo en PDF las conclusiones finales de estos estudios, publicado por Ana María Carvalho Días, también os pongo a modo de resumen cuatro publicaciones distintas hechas sobre este lugar, pero he puesto las cuatro por que cada una por separado da algún dato distinto a tener en cuenta. Quiero decir que Vitoria en castellano es Victoria, por eso se ve en muchas publicaciones como tal.

José Antonio Hinchado Alba.


(1). Pequeno povoado pré-histórico, de época Calcolítica (Idade do Cobre) ocupado, aproximadamente, entre 3000 e 2500 a.C. (III Milénio a.C.) e localizado numa elevação próxima de Campo Maior. A sua escavação sistemática entre 1986 e 1998, permitiu identificar um sistema de fossos que estruturavam o espaço habitado e o delimitavam. Numa primeira fase de ocupação existiria um recinto central ou “acrópole” ladeado por um fosso. No exterior deste, desenvolviam-se outras estruturas escavadas no subsolo, correspondendo a possíveis bases de cabanas e silos, que por sua vez eram abrangidas por um outro fosso exterior protegendo todo o conjunto. Estas estruturas “negativas”, são o que restam hoje dos elementos construtivos pré-históricos, formados por muros de terra ou adobe, paliçadas ou outros elementos vegetais, forrados com argila. Numa segunda fase de ocupação, ainda em época Calcolítica, os fossos já parcialmente colmatados por perda ou alteração de uso, serviram de base à instalação de outras estruturas de habitat. Na altura da descoberta, ao contrário do que acontece hoje graças ao desenvolvimento da investigação no Sul de Portugal e Espanha, estes povoados de “fossos” eram ainda pouco comuns, pois os seus vestígios “em negativo”, não são fáceis de detectar, circunstância que conferiu especial importância a este sítio arqueológico, actualmente “em vias de classificação” e propriedade do Estado, afecta à DRCALEN. 

Apesar de apresentar acessos fáceis, a visita este sítio arqueológico apenas é aconselhável se devidamente guiada por um arqueólogo.


(2). O povoado Calcolítico (3 000 a.C.), de Santa Vitória situa-se na proximidade da vila de Campo Maior. 

Neste sítio arqueológico identificaram-se duas fases de ocupação, sendo a mais antiga caracterizada pela existência de um recinto central que funcionava como acrópole. Este, por seu turno, encontrava-se ladeado por um sistema defensivo formado por fossos e muralhas construídos em adobe, que poderiam ser, ainda, reforçados por uma paliçada.

A segunda fase de ocupação, mais recente, mas ainda do mesmo período Calcolítico, é confirmada pela presença de todo um conjunto de lareiras e de vestígios de cabanas que terão sido edificadas sobre as anteriores estruturas escavadas na rocha.

O estudo que decorre actualmente tem como principal objectivo localizar e percepcionar as diferentes áreas funcionais do povoado ao longo destes dois períodos ocupacionais.

Entretanto, e realizadas no âmbito da filosofia de intervenção nos monumentos arqueológicos visitáveis, tendente a criar infra-estruturas imprescindíveis ao melhoramento da explicação e interpretação dos sítios visitados, ao mesmo tempo que a regular e disciplinar os fluxos de visita, o IPPAR concluiu a instalação de uma torre-observatório para melhor visibilidade e percepção de toda a área intervencionada por parte dos visitantes, assim como à colocação da correspondente sinalética.


(3). A área arqueológica de cerca de 1 hectare foi adquirida pelo Estado Português, tendo sido efectuado o auto de cessão ao IPPAR a 28 de Outubro de 1997. Decorre o processo de classificação como imóvel de Interesse Público.

Os trabalhos arqueológicos permitiram identificar um povoado com uma ocupação ao longo da primeira metade do III milénio a. C., na qual se distinguem duas grandes fases.

A primeira fase, mais antiga, é definida por um recinto central (acrópole) cercado por um sistema defensivo constituído por fossos e muralhas de adobe. Estão identificadas duas linhas de fossos, havendo fortes probabilidades de se encontrar uma terceira. A par da identificação do sistema defensivo foram descobertas várias fossas com funções diversas: silos, cisternas, áreas habitacionais.

O aparecimento de silos e de grandes contentores em cerâmica atestam a armazenagem de alimentos e de água, o que contrasta com o pequeno número de artefactos ligados aos trabalhos nos campos ( machados, enxós...).

A tecelagem está atestada pela presença de pesos de tear e a transformação do leite é deduzida pela recolha de um número significativo de fragmentos de queijeiras. A segunda fase corresponde a um conjunto de lareiras e de vestígios de cabanas implantadas sobre as anteriores estruturas escavadas na rocha. Esta ocupação aproveita os desníveis de terreno, certamente existentes pelo enchimento parcial e irregular dos fossos, construídos na anterior fase, ignorando a sua funcionalidade original. Os materiais cerâmicos, de menor qualidade técnica estão representados por contentores, recipientes ligados à manufactura dos alimentos (associados às lareiras) e ao seu consumo (pratos e taças). Igualmente estão presentes os pesos de tear e as queijeiras.


(4). (2009). Mafalda Fidalgo: POVOADO PRÉ-HISTÓRICO DE SANTA VITÓRIA

Contexto Histórico e Artístico.

Este sítio estabelece-se na propriedade agrícola de vale da Preguiça, na proximidade da vila de Campo Maior. Tem acesso através dum caminho que serve o depósito de água municipal construído no limite Sul da plataforma superior da elevação, onde se desenvolve o povoado pré-histórico e cuja área arqueológica é de cerca de 1 hectare. Ainda decorre «o processo de classificação como imóvel de Interesse Público». Os trabalhos arqueológicos identificaram um povoado com uma ocupação ao longo da primeira metade do III milénio a. C., na qual se distinguem duas grandes fases. A fase mais antiga, a primeira, «é definida por um recinto central (acrópole) cercado por um sistema defensivo constituído por fossos e muralhas de adobe. Estão identificadas duas linhas de fossos, havendo fortes probabilidades de se encontrar uma terceira. A par da identificação do sistema defensivo foram descobertas várias fossas com funções diversas: silos, cisternas, áreas habitacionais». A segunda fase «corresponde a um conjunto de lareiras e de vestígios de cabanas implantadas sobre as anteriores estruturas escavadas na rocha. Esta ocupação aproveita os desníveis de terreno, certamente existentes pelo enchimento parcial e irregular dos fossos, construídos na anterior fase, ignorando a sua funcionalidade original. Os materiais cerâmicos, de menor qualidade técnica estão representados por contentores, recipientes ligados à manufactura dos alimentos (associados às lareiras) e ao seu consumo (pratos e taças). Igualmente estão presentes os pesos de tear e as queijeiras». Este povoado calcolítico de Santa Vitória foi descoberto em 1986, « tendo sido objecto de várias escavações 

arqueológicas entre esse ano e 1993, no âmbito de um Projecto de Investigação. Um longo e complexo processo de resgate constituiu a sua única garantia de salvaguarda: em vias de classificação, e com um processo de aquisição a decorrer, o sítio sofreu em 1996 significativos danos e esteve na iminência de ser destruído pelo antigo proprietário e só um embargo administrativo e a aquisição de terrenos pelo Estado Português, através do IPPAR, travaram definitivamente esses atentados. Com esta aquisição deu-se início ao Projecto de Estudo, Recuperação e Valorização do Povoado Calcolítico de Santa Vitória – Campo Maior. Entre 1997 e 2001 desenvolveu-se um conjunto de acções com o intuito de disponibilizar os resultados de dez anos de investigação e o imediato usufruto por parte do visitante/turista do investimento público realizado».


1996 Ana Maria Mosa Carvalho Dias. https://drive.google.com/file/d/1nzfi1Yu134tsjxCwj_Xgt22-6crZx6QC/view?usp=drivesdk